12-24 Meses

Como os meninos mais crescidos!

Enquanto ele estava a comer tranquilamente, o bebé agarrou na colher e desde então não quer deixar. Não há problema! Chegou o momento de começar a comer como um menino crescido. Mas isto sem mencionar a feliz balbúrdia que se seguirá… Porque o seu pequeno explorador sabe agora como fazer uso das mãos. Confiamos que será bom no mergulho em puré e na redecoração da cozinha! Os pediatras concordam que tal como caminhar, é importante respeitar esta independência que só o irá ajudar mais tarde.
Mas, como pode gerir o excesso de entusiasmo?

Lição nº 1: estabelecer os limites
As refeições não devem durar mais de meia hora, ou o bebé vai acabar por brincar com os seus talheres ou aborrecer-se, e depois, pumba! O prato e o seu conteúdo vão parar ao chão! E é claro, cairá virado ao contrário. Para evitar problemas, é melhor dar por terminada a refeição mesmo que isto signifique tentar novamente após 10 minutos.

Lição nº 2: proteger a área
Mamãs prevenidas valem por duas. Não hesite em investir num avental e em toalhetes, e cobrir o chão com um oleado ou jornal. Porque quando tem a necessidade de limpar tudo antes de chegar ao seu compromisso, adivinhe quem vai ficar felicíssimo por aumentar as suas tarefas de uma penada?

Lição nº 3: escolher um bom equipamento
Será que nada pára a falta de jeito do seu pequeno explorador? Com um prato raso preso à mesa, um babete com coletor de comida, uma tigela redonda, um copo de plástico com bocal ou um com uma palhinha, pode ser que simplesmente consiga evitar que ele atire com tudo. Em qualquer caso, é melhor estar preparada!

Lição nº 4: ser tão astuta como uma raposa
A sua colher fascina-o, ele quer tocar-lhe a qualquer preço. Mesmo que ele não saiba o que fazer com ela, dê-lha. Enquanto ele tenta sozinho, dê-lhe de comer com outra colher. Logo que fique aborrecido, dê-lhe uns bocadinhos de brócolos para ele ir mordiscando, ou um bocadinho de pão…

Lição nº 5: evitar o desperdício
É inútil dar-lhe um prato cheio logo à partida. Para que a refeição não acabe no lixo, dê-lhe pequenas porções fáceis de mastigar e deglutir, em pequenas quantidades mesmo que isto signifique repetir a operação. Na pior das hipóteses, ele servir-se-á dos dedos, mas tudo acabará dentro da boca.

Lição nº 6: cumprir as regras do jogo
Quando tiver tempo, convide-o a partilhar a refeição da família. Coloque a cadeirinha dele perto de si e mostre-lhe como segurar num garfo e numa colher grande. Trinche o jantar dele em bocadinhos fáceis de mastigar, com molhos saborosos para que ele participe.
Se aos 10 meses a colher for só um brinquedo e as suas mãos não servirem senão como coletores de alimentos, por volta dos 12 meses os seus movimentos serão ainda repentinos, devido ao desenvolvimento neurológico mais longo da coordenação mão-boca. Terá que esperar até aos 16-18 meses para que os movimentos dele se tornem mais precisos, a colher chegará à boca, mas sem cumprir o objetivo! A apoteose dá-se aos 24 meses quando ele pode efetivamente gerir os movimentos de vai-vem com uma colher. Ele aperfeiçoará estes movimentos mais perto dos 4 anos de idade, quando também será capaz de segurar corretamente um lápis na escola.
Basicamente, seja paciente! É um processo de tentativa e erro para o bebé aprender a comer, e tudo isto faz parte da aprendizagem. Porque sem cometer erros, nunca será capaz de desenvolver a sua futura independência. As suas refeições são uma oportunidade inesperada para fazer novas descobertas. Mesmo que algumas destas descobertas não deem o maior prazer à mamã, são necessárias ao desenvolvimento da criatividade e o prazer de estar à mesa.
Um bebé que gosta de fazer papa pela manipulação dos alimentos, não o faz deliberadamente para irritar os pais. Ele é um pequeno explorador da vida que está a tentar ser o mais rápido na conquista da independência e da capacidade em fazer uso das mãos. Não restrinja a sua criatividade. Pelo contrário, encoraje-o a perseverar, dentro de limites razoáveis. Felicite-o, e lembre-se que quando ele faz progressos, só ficará mais confiante.